quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Enfim, relato do parto

13 de Janeiro de 2010
Consulta com a GO. Ansiedade.
Quando ela estava escutando o coração do bebê, parou e ficou muuuuito tempo prestando atenção no ritmo dos batimentos, a minha ansiedade aumentou. Ela escutou o coração dele por bastante tempo e eu morrendo de medo de perguntar alguma coisa, na verdade, meu medo era ouvir a resposta. Enfim, ela disse q os batimentos estavam muito oscilantes, isso indicava que meu pequeno estava prestes a chegar. O papai já estava acabando com as unhas das mãos de nervosismo, com certeza ele ficou mais ansioso que eu dessa vez.
Enfim, a GO marcou uma próxima visita para dia 15/01.
15 de Janeiro de 2010
Acordei cedo, se é que dormi. Fomo para a consulta, as 7h45 já estávamos dentro do consultório.
As oscilações nos batimentos aumentaram. Segundo minha médica, essa oscilação poderia ter três causas: cordão no pescoço, placenta insuficiente ou bebê tentando encaixar. No chatíssimo exame de toque, ela viu que o Gustavo estava bem longe de encaixar, mas isso pode mudar a qualquer momento. Ela me perguntou se eu queria muuuuito o parto normal e eu respondi que gostaria sim, mas, se houvesse 1% de risco, não me importaria em mudar de idéia. Eu com ZERO de dilatação e nem sinalde dor, a médica marcou a cesárea para as 16h do mesmo dia e eu fiquei mega aliviada. Não sei porque, mesmo lendo muito sobre partos, sabendo que o PN é ótimo no pós parto, fiquei muito confortável em saber q não entraria em trabalho de parto, sou “cagona” demais para dor. Vamos nós para cesárea.

Chegamos no Hospital e Maternidade Brasil, em Santo André as 12h. Algumas grávidas já estavam no Espaço da Gestante esperando os papais darem entrada nas papeladas e ficamos conversando. Confesso que demorou uma eternidade para passar, acho q a tarde mais longa da minha vida. Me dava um nó na garganta cada vez q eu pensava q dentro de poucas horas eu teria meu pequeno nos braços.
As 13h30 chegaram minha mãe, pai, tia e a madrinha do Gustavo. Ficamos na sala de espera, eu bem descontraída, talvez, tentando não me estressar e não deixar a ansiedade tomar conta.



As 16 horas fui chamada para a sala de pré parto. Coloquei o modelito maternidade e deitei em uma cama, onde foi escutado o coração do meu pequeno, pela última vez dentro da minha barriga, os batimentos estão gravados no meu cérebro para sempre. Fiquei aguardando na sala de pré parto por alguns minutos e logo veio uma enfermeira me buscar. Fui andando até a sala de cirurgia, muito tranqüila e confiante. Sabia q isso seria simples e logo estaria com o meu bebê. E como nunca coloquei na minha cabeça que tipo de parto eu queria, deixe isso rolar e foi a melhor coisa, não houve frustação alguma.

Sentar com índio é quase impossível com o barrigão, mas eu consegui com ajuda da Tati, a enfermeira q acompanhou o meu parto, muito boa e simpática. Em poucos minutos, o Dr Bruno, anestesista, entrou, se apresentou, passou um algodão molhado no local da anestesia e quando fui perceber, uma agulhada, como uma mordida de formiga, pronto, a parte da agulhada passou. Me deitaram imediatamente e a parte pior, pequeno formigamento nas pernas que foram aumentando e derrepente eu não tinha mais pernas, nem bunda, muito estranho. Fiquei enjoada, logo avisei ao Dr Bruno que virou minha barriga de lado, em dois minutos, passou. Logo, o Rê entrou na sala para assistir o parto. Daí pra frente não senti mais nada, apenas uns solavancos, parecia que estavam limpando a minha barriga, mas que nada, era a cirurgia e logo o anuncio que o bebê ia nascer. Uma enorme emoção invadiu meu corpo, foi surreal, eu só sabia olhar para o meu marido, e ele atendo, esperando o momento de ver o nosso pequeno.

O Gustavo finalmente estava nesse mundão. Demorou um pouco para chorar, mas quando chorou foi forte, bravo, lindo. O choro mais lindo desse mundo.
Enquanto a pediatra fazia o precedimento necessário, o Rê ia descrevendo as características dele pra mim e a primeira palavra que ele falou foi: PERFEITO
Essa palavra entrou em mim como um alívio, um supercalmante, porque mesmo sabendo q está tudo bem, sempre tem uma ponta de medo de dar algo errado né? Quem já passou por isso sabe o que eu falo.
O Gustavo veio conhecer a mamãe com uma boca enorme aberta em um berreiro, mas quando chegou perto do meu rosto, eu senti o cheirinho dele e ele o meu o tempo parou. Foi o momento único mais lindo da minha vida. Eu e meu bebê juntos, cara a cara finalmente. Um misto de sentimentos invadiu meu corpo. Olhei para o Rê e a felicidade estava completa. O meu sonho estava realizado. O meu bebê estava comigo, lindo, saudável, perfeito.



Levaram o Gustavo, o Rê saiu e o papo comigo continuou. Não consegui dormi por um segundo. Fiquei mais uma hora na sala de pós parto só lembrando do rostinho do meu pequeno e contanto os segundos para o nosso segundo encontro.

Minha perna voltou a formigar, sinal que a anestesia estava indo embora devolvendo o meu corpo.

Me levaram para o quarto e muita gente já estava me esperando. Pessoas muito especiais na minha vida. Tudo para a minha felicidade aumentar ainda mais.

As 21h a visita terminou e ficamos apenas eu e o Rê, ansiosos para o chegada do Gustavo no quarto, que aconteceu por volta das 22h30 para a primeira mamada. Infelizmente, a essa altura eu estava muito sonolenta, mas consegui ver o meu filho e dar o primeiro gole do meu leite para ele. Mais um momento lindo e especial.

Dormi bem até as 4h da matina, quando a enfermeira veio me acordar para o primeiro banho pós parto. Foi tudo bem, melhorei muito após o banho. O corte estava ótimo e nem estava doendo muito, andei bastante para eliminar os gazes, que esses sim, estavam me matando por dentro.

A visita começou as 13h e terminou as 21h no sábado e o Gustavo ficou no quarto o tempo todo com a gente, mas as enfermeiras cuidavam dele.

Fiquei no Hospital até o domingo, cumprimos as 48 horas e fomos para a nossa casa começar uma nova vida. Nada fácil por sinal, mas muito boa.

O Gustavo nasceu com 3.105 kg e 49 cm. Apgar 9/10

2 comentários:

  1. Mas é a cara do papys My God... ai, ai, acho que ele tá mais q babão hein Taty...
    Mto leite pra vc. muita saúde pra vcs. e me escreve me contanto como vcs. estão? Passou a melancolia... me escreveeeeeeeee
    um supe bj nessa família q acabou de aumentar!

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